No meu primeiro artigo, me refiro a essa presença interior que se expressa quando estamos perfeitamente alinhados com quem somos, nosso EU PROFUNDO.
A partir dessa presença, podemos observar nosso interior: podemos observar ondas de emoções que nos atravessam em determinadas situações.
O sentido da vida e da verdadeira educação é o caminho do conhecimento do nosso EU PROFUNDO. Muitos de nós herdamos condicionamento de nossa sociedade, de nossa família, crenças que carregamos nas costas e que escrevemos em nossas testas, muitas vezes com tinta que nos parece indelével!
A auto-observação é, portanto, a chave para entender os processos de crenças e automatismos que assimilamos. É um trabalho minucioso de cada instante, no agora. O importante é estar sempre em posição de observar nossos pensamentos com uma perspectiva que nos permite não entrar em ciclos emocionais dolorosos. Como observador, estamos cientes de todo o nosso ser, do nosso EU PROFUNDO e da nossa conexão com o todo.
Temos que acolher nossos pensamentos negativos como uma parte de nós mesmos que precisa de atenção e amor.
Observemos nossos medos, nossas reações com calma, para poder encontrar em nós a causa desses medos (necessidade de segurança, de confiança, de reconhecimento …). Em seguida, aprendemos a encontrar em nós mesmos os recursos interiores para preencher essas necessidades e não depender de “paliativos” externos.
A cada momento, devemos estar presentes e conscientes para transformar essas emoções, convidar em nós mais paz interior e deixar transparecer nosso EU PROFUNDO.
Como quando começamos a praticar esportes, o começo é penoso. Gradualmente, com persistência, treinando um pouco todos os dias, percebemos que progredimos. Nosso treinamento de observação interna funciona da mesma maneira! O importante é que o observador esteja calmo e sempre consciente do EU PROFUNDO.
Este trabalho para nós os pais e os educadores é essencial para poder iniciar uma educação positiva e consciente.
Não desanime porque toda transformação é gradual e cada um tem seu próprio ritmo. A importância é a cada momento manter-se consciente e presente para realizar esse trabalho interno. Também é importante ter paciência conosco e se perdoar caso passamos por um período de negatividade. Estamos aprendendo e é normal errar como uma criança cai quando aprende a andar! Ânimo!
Continue aprendendo com esta serie sobre educação e leia o próximo artigo :Da liberdade de Ser