Eu queria concluir esta série de artigos com uma precisão que me parece essencial.
Assim como a verdadeira liberdade é interna e não externa, o verdadeiro conhecimento também é interno e não externo.
O mundo que criamos com essas estruturas, essas tradições, esses códigos de conduta é apenas o reflexo dos nossos medos interiores e condicionamento que herdamos nós adultos da sociedade. Por necessidade de segurança, de reconhecimento, de certezas nos submetemos à autoridades, à conformidade, construindo nossa vida “nos trilhos” do politicamente correto. Essas reações são o resultado de nosso profundo medo não resolvido que nosso EGO prefere ignorar para construir uma vida confortável. Quando olhamos para a história da Humanidade, vemos uma cadeia de conflitos, de guerras por interesses externos. Que certezas externas temos se grande parte da nossa herança social foi construída sobre crenças que levam ao conflito e à separação? Devemos humildemente reconhecer que parte dessas certezas externas devem ser questionadas.
O homem moderno pode ser rico, poderoso e inteligente, com ferramentas tecnológicas avançadas à sua disposição, ele estará sempre em busca da felicidade.
Essa felicidade é a paz interior, é o alinhamento com o EU PROFUNDO, o conhecimento interior. Para alcançar essa felicidade e esse autoconhecimento é necessário ter a coragem de observar seus medos sem reagir (conforme descrito nos artigos 1 e 2 desta série). Podemos passar a vida e não realizar esse trabalho de observação interior, essencial para viver o verdadeiro autoconhecimento e à expressão do nosso EU PROFUNDO. Mas saibamos que a recompensa vale mais do que ouro e merece toda nossa coragem e persistência!
Podemos nos perder se tomamos como referência somente o conhecimento exterior porque este conhecimento é a criação coletiva da nossa sociedade que ainda está muito doente e presas nos próprios medos.
O verdadeiro conhecimento é, portanto, o conhecimento interno, o autoconhecimento. A busca deste conhecimento é o verdadeiro significado da nossa vida aqui na Terra.
Paremos de procurar segurança em referências ou autoridades externas : nossa única referência está dentro de nós mesmos. À medida que trabalhamos nesse processo de autoconhecimento, ganhamos confiança em nós mesmos. Por tanto, na educação, é importante sempre priorizar o autoconhecimento ou o conhecimento interno antes de impor conhecimento externo a nossos filhos. Porque esse conhecimento externo é o reflexo atual da consciência de nossa Humanidade e, como já evolui no curso da História, continuará evoluindo de uma maneira completamente natural. Uma flor nasce, vive e morre.
Da mesma forma, temos muitas certezas que nasceram, viveram e morreram.
É ilusão querer achar no mundo externo esta segurança que precisamos, porque o mundo externo está em constante evolução. Tudo evolui, tudo se transforma, nada é fixo.
Thank You!