Liberdade, liberdade querida – Pequena precisão

Liberdade é uma das palavras que aparece no lema francês: “Liberté Égalité Fraternité”. É em nome da liberdade que muitas guerras e revoluções foram realizadas. 

Será que entendemos o verdadeiro significado da palavra liberdade?

Uma pequena revisão para evitar qualquer confusão!

Posso ter condições externas de aparente liberdade (por exemplo, um país democrático, liberdade de imprensa, liberdade de movimento …), mas ainda sou prisioneiro de mim mesmo!

 

Cuidado! Nesta última frase, existem 2 EU:

1. O “EGO” que quer controlar a realidade porque tem medo. Ele pensa que a acumulação de conhecimento, dinheiro, sucesso lhe dará segurança e um motivo para viver.

Por isso, muitas vezes nos aprisionamos em um contexto profissional ou familiar que nos traz essa aparente segurança. No entanto com a morte, tudo evapora! A morte coloca os ricos e os pobres no mesmo nível, e todas essas ilusões construídas pelo EGO por toda a vida são de pouca importância diante do grande mistério da morte. O EGO prefere o conforto e odeia olhar em frente o que o assusta. Podemos então ter dentro de nós muitos medos guardados.

2. O caminho do EU PROFUNDO é o caminho da coragem, da paciência e do amor, é aqui que toda a nossa riqueza está escondida. Ele observa as reações do EGO nas situações que geram medo, mas o EU PROFUNDO não reage, calmamente tenta entender o motivo do bloqueio. É nossa presença divina, nosso impulso de vida, nosso eu autêntico e liberto, pode o chamar como quiser! Ainda é muito desconhecido por nós!

Camada após camada, com o trabalho contínuo de observação interna, nós libertamos dos nossos medos e entramos no coração de quem somos de verdade! Como se fôssemos uma grande cebola com pernas!

A verdadeira liberdade é, portanto, essa liberdade interior, uma liberdade do SER, apesar de todos os julgamentos que podemos fazer sobre nós mesmos.

O caminho da auto-expressão é maravilhoso, é um grande desapego, nos abrimos ao desconhecido! Quanto mais nós expressamos, mais ganhamos confiança e podemos brilhar nossa própria luz aqui na Terra.

Meus queridos pais e educadores, a liberdade que eu convido você a dar a seus filhos é, portanto, essa liberdade interior, uma liberdade de ser, de brincar, de falar sem julgamento de valor da nossa parte.

 

É claro que limites externos são importantes e necessários para que a criança perceba que vivemos em um mundo de regras que devem ser respeitadas.

 

No entanto, quando tiver idade suficiente para entendê-lo (após 7 anos), os pais e educadores devem mostrar à criança a razão e os méritos dessas regras e sempre estar aberto a sugestões das crianças para adaptar estas regras. Encorajamos assim o espírito crítico deles e valorizamos o poder pessoal deles!

A seguir no próximo artigo, uma atitude importante para acompanhar nossos filhos:

Ajudando nossos filhos a superar seus medos

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